O Brasilianista Informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que já foram derrubadas quatro torres de transmissão de energia, sendo três em Rondônia, que levam a energia produzida nas usinas do rio Madeira para o Sudeste, e uma no Paraná.
Também houve confirmação de que foram danificadas doze torres, sendo quatro no Paraná, duas em São Paulo e seis em Rondônia. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reuniu-se ontem com representantes do setor elétrico, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal para tratar da questão.
O objetivo do encontro foi definir novas medidas de prevenção e de punição dos responsáveis pelos ataques ao Sistema Interligado Nacional (SIN), rede que conecta todos os estados do país, menos Roraima, estado que ainda não está ligado ao sistema.
O ministro disse que não é possível afirmar se os recentes ataques a torres de transmissão de energia têm motivação política e estão ligados aos atos radicais registrados em Brasília no último dia 8.
Mas afirmou que a Polícia Federal conduz inquéritos sobre as ocorrências contra as instalações do setor elétrico. A extensão da rede dificulta o trabalho de fiscalização. O sistema tem 175.013 quilômetros de extensão em diferentes tensões.
O Ministério de Minas e Energia e demais órgãos do setor elétrico mantêm-se em alerta preventivo, diante de possíveis atos de vandalismo. Há risco de pane em uma área central de abastecimento, podendo comprometer grandes regiões ou diversos estados ao mesmo tempo.
As ações definidas para ampliar a fiscalização incluem inspeções especiais nas linhas, em especial nas travessias de rodovias e de ferrovias, instalação de câmeras de monitoramento e fortalecimento de parcerias com o Ministério da Justiça e as polícias Militares e Rodoviárias Estadual e Federal para reforçar o patrulhamento nesses pontos.
Segundo o ministro Alexandre Silveira, a reunião de ontem serviu para “discutirmos questões fundamentais para modernização da segurança do SIN”. Disse que há disposição de todos os players do sistema, para a “implantação de videomonitoramento, de vigilância via drone e outros instrumentos muito modernos que temos no mundo hoje”.
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não houve, até o momento, qualquer situação que tenha causado o desabastecimento de energia à população.