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Ferrovias autorizadas começam a sair do papel em Minas Gerais e em Mato Grosso

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A semana passada registrou dois movimentos envolvendo autorizações para novas ferrovias, como estabelece o novo marco legal (Lei nº 14.272/21). Esses projetos abrangem quatro novas ferrovias: uma em Mato Grosso e três em Minas Gerais.

O governo de Mato Grosso e a empresa Rumo Logística formalizaram na segunda-feira (7) o início das obras da primeira parte da nova ferrovia, que ligará Rondonópolis, no sul do estado, a Lucas do Rio Verde, no centro-norte, com um ramal até Cuiabá.
Essa ferrovia, uma autorização do governo estadual, permitirá à Rumo acessar o principal centro produtor agrícola do país, escoando cargas até o porto de Santos. Serão implantados 730 quilômetros de novos trilhos e o investimento previsto é de R$ 11,2 bilhões.

Em Minas, o Grupo Petrocity Ferrovias Ltda contratou agente para cuidar da estruturação financeira dos projetos, para os quais já obteve autorização do governo federal. Também já começou a negociar com investidores a participação nos projetos de três trechos de ferrovias no estado, que totalizam 2.068 quilômetros.

O grupo solicitou autorização, já concedida, para construir um trecho entre Unaí (MG) e Campos Verdes (GO). Outro trecho ligará São Mateus, no norte do Espírito Santo (onde a empresa quer construir um porto), a Ipatinga (MG). O terceiro trecho, chamado Estrada de Ferro Juscelino Kubitschek, vai ligar o litoral norte capixaba ao Distrito Federal, com 1.300 quilômetros.

Em agosto, a companhia assinou protocolo de intenções com o governo mineiro para investir R$ 16,8 bilhões no estado. José Roberto Barbosa da Silva, CEO da Petrocity, disse que os estudos de “valuation” (montante pelo qual o negócio é avaliado) já foram feitos e que começam as negociações com interessados para o financiamento da operação. Informou também que uma parte do investimento deve vir de aportes feitos por grandes empresas parceiras e que outra parte virá por meio de financiamento.

Há grandes empresas interessadas em aportar recursos na Petrocity para se tornarem sócias nas ferrovias. “Os investidores interessados que estão nos procurando são do setor logístico, mais estrangeiros que do Brasil. Também há empresas interessadas em participar como sócias. São tradings, empresas de commodities, mineradoras”, explicou o CEO da Petrocity. Serão ferrovias em bitola mista (1m e 1,6m), em cujas linhas poderão trafegar dois tipos de composição ferroviária.

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