Questionado sobre a demora do PT para oficializar a pré-candidatura de Lula, o senador Paulo Rocha (PA), líder do partido no Senado, respondeu: “candidato ele é, mas estamos construindo as condições de alianças para poder lançar com segurança [a candidatura]”.
Segundo o senador, já é consenso dentro do PT a necessidade de que Lula tenha um vice-presidente que apele para fora da militância petista. Ele indicou que a discussão na sigla se assemelha ao processo de escolha do empresário José Alencar como vice de Lula em 2002.
“Sobre essa discussão sobre o nome do Geraldo Alckmin: aconteceu a mesma coisa em 2002. Tínhamos que sinalizar ao mercado e para o cenário internacional que não teríamos um processo de ruptura, mas sim, de acúmulo de forças”, comparou, completando que as divisões de opinião dentro do PT já eram esperadas.
A campanha eleitoral de Lula em 2002 foi marcada por uma tentativa de convencer o mercado financeiro e os empresários de que um eventual governo petista não deixaria a economia de lado. Na “Carta ao Povo Brasileiro”, por exemplo, Lula se disse disposto a discutir com seu antecessor, o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), uma agenda de resposta à crise.
Hoje, Alckmin busca um partido para poder formar chapa com Lula. A principal opção é o PSB, aliado histórico do PT. Contudo, os dois partidos tem se desentendido sobre o lançamento de candidaturas nos estados. Em São Paulo, o PT quer lançar Fernando Haddad e o PSB defende a candidatura de Márcio França.