Além da eleição de outubro, outra disputa eleitoral vem movimentando a Câmara dos Deputados. No fim de julho uma cadeira de ministro do Tribunal de Contas da Uniao (TCU) ficará vaga em decorrência da aposentadoria compulsória da ministra Ana Arraes, que completará 75 anos. Essa cadeira, que é reservada à Câmara, é bastante cobiçada entre os deputados. O presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL) sinalizou que só deve realizar a eleição em outubro, após o pleito nacional.
Alguns nomes já estão em campanha nos corredores da Câmara. Como o eleitorado é interno, o corpo a corpo com os colegas é fundamental. Cada um usa os recursos que têm a seu alcance na busca por votos. Saiba quem são os principais postulantes ao cargo até o momento:
O deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) é um dos candidatos. Ele é filho do senador Mecias de Jesus e tem o presidente nacional do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP) como principal cabo eleitoral. Aliados do deputado, cobram um acordo que teria sido firmado com o presidente Arthur Lira (PP-AL) para que Jhonatan seja o candidato do bloco que o elegeu ao comando da Casa no ano passado.
Outro pretendente é Hugo Leal (PSD-RJ). Ele tem a seu favor o posto de relator-geral do Orçamento 2022, responsável pelas solicitações de liberação das emenda RP9, conhecidas como emendas de relator.
Também do Rio de Janeiro, a deputada Soraya Santos (PL-RJ) reivindica que a cadeira continue sendo ocupada por mulher. Ela também deve apostar no fato de pertencer ao PL, maior partido da Casa e ao qual está filiado o presidente Jair Bolsonaro. Além disso, também foi primeira-secretária da Câmara, o que a tornou bastante conhecida entre os deputados.
O quesito popularidade é o grande trunfo do deputado Fábio Ramalho (MDB-MG). Fabinho, como é chamado pelos colegas, já foi vice-presidente da Casa, é famoso pelos banquetes que oferece, com o melhor da culinária mineira.
Até a eleição, seja em outubro ou em outra data, novos candidatos devem surgir e as campanhas vão se intensificar. Para ser eleito, o candidato necessita obter maioria de votos, desde que a maioria dos membros Casa tenham votado (257 deputados). Após aprovação na Câmara deputados, a indicação é enviada ao Senado para ratificação.