As contas públicas do governo federal terminaram no vermelho em março de 2024, registrando um déficit de R$ 1,527 bilhões de reais, de acordo com o Tesouro Nacional. Apesar do déficit, o resultado é melhor em comparação com março de 2023, quando o déficit foi de R$ 7,083 bilhões. Esse déficit também representa uma melhora significativa em relação a fevereiro, quando as contas do governo apresentaram um déficit de R$ 58,4 bilhões.
O resultado, divulgado nesta segunda-feira (29), foi melhor do que a média das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que previa um déficit primário de R$ 5,1 bilhões. O principal fator para o déficit em março foi a previdência social com saldo negativo de R$ 21,535 bilhões. Além disso, o Banco Central teve um resultado negativo, mas de apenas R$ 17 milhões. Por outro lado, o Tesouro Nacional apresentou um superávit de R$ 20,024 bilhões, equilibrando parcialmente as contas do governo.
Receita líquida nas contas públicas
O Ministério da Fazenda destaca que houve um crescimento de 4,3% nas despesas, descontada a inflação, em relação ao mesmo período do ano anterior. Ao mesmo tempo, a receita líquida aumentou em 8,3%, contribuindo para um déficit menor do que o esperado. No entanto, o resultado primário acumulado em 12 meses ainda mostra um déficit de R$ 247,4 bilhões, representando 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Mesmo com o déficit, a arrecadação federal atingiu um recorde histórico para o período, somando R$ 190,5 bilhões. Esse aumento na arrecadação foi um dos principais fatores que contribuíram para evitar um déficit maior. Segundo o Tesouro Nacional, o resultado negativo da previdência social foi impactado pelo pagamento de precatórios, que totalizou R$ 28,2 bilhões em março. A melhoria nos resultados sugere um cenário de estabilização, mas ainda exige atenção para manter as finanças públicas em equilíbrio.