Conflitos na Rússia e Oriente Médio fazem preço do petróleo ter a maior alta desde 2014

Foto: Patrick Valasseris/Agência Sputinik

Tensões geopolíticas fizeram o preço do petróleo no mercado internacional ter a maior alta desde outubro de 2014. A análise foi feita por especialistas do Goldman Sachs, consultados pela agência de notícias Reuters

O barril do Brent, referência mundial, começou esta terça-feira (18/1) cotado a $ 87,60 (R$ 482,25). A WIT (West Texas Intermediate), commodity usada como parâmetro para um tipo de óleo menos denso, acompanhou a tendência e também registrou o maior preço dos últimos oito anos. 

 

A principal perturbação em relação à oferta, está relacionada à decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, como a Rússia, em não acelerar a oferta da commodity. Segundo os analistas, as tensões geopolíticas em regiões produtoras de petróleo contribuíram para a escalada do preço. Mesmo com o aumento da demanda, os principais países fornecedores decidiram não elevar a oferta. 

 

Na Europa, movimentos militares da Rússia- que figura entre os 10 maiores produtores do mundo- na fronteira da Ucrânia estão elevando a tensão com os Estados Unidos.

 

Detendo 65% das reservas de petróleo do planeta, o Oriente Médio, protagoniza os conflitos. Um ataque realizado com drone na manhã de segunda-feira (17) pelo grupo rebelde houthi, do Iêmen, contra Abu Dhabi provocou um incêndio próximo ao aeroporto da capital dos Emirados Árabes Unidos e a explosão de três caminhões-tanque. Três pessoas morreram.

 

A variante ômicron também colabora para o cenário de incerteza econômica. Com medo dos impactos de uma nova onda, a estratégia dos maiores exportadores é manter o ritmo de crescimento da produção para evitar desvalorizações repentinas devido a eventuais paralisações de atividades econômicas para a contenção da pandemia.

 

A retomada das atividades econômicas segue em curso e a demanda por combustível em um cenário de escassez, sobretudo durante o inverno no hemisfério norte, vem pressionando a alta da inflação. Os preços do petróleo Brent devem superar os US$ 100 (R$ 550) por barril em 2022, afirmaram analistas do Goldman Sachs.

 


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