O Brasilianista
O PL trabalha para aumentar sua bancada no Senado reforçando a candidatura do senador Rogério Marinho (RN) à sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência da Casa. O partido começa a próxima legislatura com uma bancada de 14 integrantes, mas poderia chegar a 16.
Lideranças e caciques do partido buscam convencer o presidente da agremiação, Valdemar Costa Neto, a concordar eventual filiação do ex-ministro da Justiça e ex-juiz condutor da Operação Lava-Jato, senador Sergio Moro (PR), atualmente filiado ao União Brasil.
Costa Neto tem resistências ao nome de Moro, pois ele foi auxiliar da ministra do STF, Rosa Weber, durante o julgamento do escândalo do mensalão, quando o dirigente do PL foi preso. Parlamentares do PL receberam indicações de que o ex-juiz se sente desconfortável no União Brasil, após o partido ter optado pela aproximação com o governo eleito de Lula, pleiteando cargos na Esplanada dos Ministros. Foi de Moro, como juiz federal, a decisão que levou Lula à prisão em abril de 2018, ficando detido na Polícia Federal em Curitiba por 580 dias.
Há ainda outro empecilho que dificulta o ingresso do ex-juiz no PL: ação proposta por um filiado do partido no Paraná questiona a eleição de Sérgio Moro para o Senado, em outubro deste ano, sob a acusação de abuso de poder econômico.
Por outro lado, o PL já teria acertado os detalhes para anunciar o ingresso no partido do senador Chico Rodrigues (RR), também filiado ao União Brasil, elevando sua bancada para 15 senadores a partir de fevereiro, quando se inicia a nova legislatura. Com Sergio Moro, chegaria a 16.
Do lado do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, seu partido, PSD, já conseguiu a filiação da senadora Zenaide Maia (RN), que estava no Pros, e de Margareth Buzetti (MT), que é suplente do senador Carlos Fávaro (PSD-MT) e estava no PP. Se o senador Calos Fávaro for indicado por Lula para o Ministério da Agricultura, Margareth Buzetti será empossada como senadora eu seu lugar. Desse modo, o PSD passaria a ter 13 senadores.