O Boletim Focus estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país, teve elevação de 0,01%. Portanto, passando de 3,81% para 3,82% este ano. Para 2025, a projeção também subiu de 3,5% para 3,51%. Em 2026 e 2027, as previsões são de 3,5% para os dois anos.
A pesquisa foi divulgada, nesta quinta-feira (15), pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
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Para este ano, a estimativa está dentro do intervalo da meta de inflação. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para 2024, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Portanto, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa Selic. Atualmente, o Comitê de Política Monetária (Copom) definiu a taxa em 11,25% ao ano. O comportamento dos preços já fez o Banco Central cortar os juros pela quinta vez consecutiva, ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual.
De acordo com o Copom, esse ritmo é apropriado para manter a política monetária contracionista – necessária para o processo desinflacionário -. Além disso, a interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico – de maior prazo -.
Selic deve encerrar em 9% ao ano, de acordo com o Boletim Focus
Para o mercado financeiro, a Selic deve terminar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de 8,5% ao ano e se manter nesse patamar em 2026 e 2027.
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Com a Selic baixa, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB
A projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceu em 1,6%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, também permanecem em 2%.