Foto: José Cruz

Apesar dos ruídos provocados com a operação da Polícia Federal que, na última sexta-feira (1º), atingiu o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e seu entorno, a posição da bancada do União Brasil na Câmara é de que ele seja mantido no cargo. A avaliação entre os deputados é de que Juscelino estaria sendo perseguido e não deve ser substituído.

Desde que assumiu a cadeira, o ministro tem sido alvo de denúncias, a maioria com matérias na imprensa. Mas, desta vez, a operação policial foi resultado de suposto desvio de verbas na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), e, embora não tenha sido alvo de busca e apreensão, Juscelino teve bens bloqueados após determinação do Supremo Tribunal Federal.

No fim de semana, os líderes do partido na Câmara e no Senado assinaram nota em apoio ao ministro e não deram margem para uma possível troca, no que depender da legenda. No entanto, essa é uma decisão que cabe ao presidente Lula.

Recentemente, o União Brasil passou por desgaste com a saída da então ministra do Turismo, Daniela Carneiro, que pediu desfiliação do partido por conta de brigas regionais. A substituição dela foi uma demanda da bancada, que não se via representada pela indicação. Diferente da situação atual, já que o ministro é nome próximo ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do líder do partido, Elmar Nascimento (União-BA).

Autor

  • Rachel Vargas

    Editora-chefe na Arko Advice, desde fevereiro de 2022. Antes, atuou como repórter de política na CNN Brasil. Foi correspondente internacional em Nova Iorque pela Record TV. Atua em redação há 18 anos.