A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (27) que no mês que vem continuará em vigor a bandeira verde e conta de luz não terá cobrança extra.
A bandeira tarifária verde indica que não houve acréscimo de custos às tarifas dos consumidores de energia com base no seu consumo mensal. A bandeira verde está em vigor desde 16 de abril do ano passado, desde quando a situação dos reservatórios das usinas hidroelétricas se mantém estável.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel para sinalizar o custo da geração de energia. No final de todo mês, a agência decide a cor da bandeira para o mês seguinte. Quando o custo da produção de energia aumenta, em decorrência de geração pelas usinas térmicas (mais poluentes e mais caras), a agência pode acionar as bandeiras amarela ou vermelha.
Essa medida representa custo extra ao consumidor, refletido na conta de energia. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), instituição encarregada de monitorar o sistema elétrico, o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade de produção de energia no país, estava em 67,90% até ontem, quinta-feira, situação considerada confortável.
Em termos de comparação, os reservatórios da região (Sudeste e Centro-Oeste) estavam com 23,35% de volume em janeiro de 2021, quando se agravou última crise no suprimento de energia no país.
A perspectiva, segundo dados do ONS, indica que os reservatórios dos quatro subsistemas do país (Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) encerrem este mês com níveis superiores a 60%.
No caso do Sudeste/Centro-Oeste, em particular, a estimativa é terminar o mês com 69% da capacidade de água armazenada nos reservatórios. Caso essa projeção se confirme, será o maior percentual registrado para o mês desde 2012.
Novos projetos elevarão capacidade de geração
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê para este ano expansão na matriz de geração de 10,3 gigawatts (GW) de capacidade instalada. Será o maior nível de maior nível de expansão da 1997, quando a autarquia foi criada.
A agência informa que vão entrar em operação comercial de 298 projetos de geração de energia. Pelas estimativas, as usinas solares centralizadas e eólicas (fontes renováveis) responderão por mais de 90% da ampliação na capacidade de geração do Brasil.
O destaque fica com os estados da Bahia, do Rio Grande do Norte (energia eólica) e de Minas Gerais (solar). Esses três estados respondem juntos por mais de 70% da expansão planejada.