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Advocacia da União pede bloqueio de R$ 18,5 milhões de mais 42 envolvidos com atos terroristas

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A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou que mais 42 pessoas presas em flagrante pelos atos terroristas do dia 8 de janeiro, que vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal sejam incluídas no bloqueio de bens de R$ 18,5 milhões determinado pela Justiça Federal.

O bloqueio decidido pelo Supremo já atinge 134 pessoas e sete empresas suspeitas de financiarem o transporte de manifestantes golpistas a Brasília. Os nomes dos alvos dos pedidos não foram divulgados.

De acordo com a AGU, a lista foi elaborada a partir de documentos da Polícia Civil do Distrito Federal e de decisões do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que  decretou a prisão preventivas (sem data para término) de 942 pessoas que haviam sido detidas em flagrante.

Ontem, domingo, o ministro do ST, Alexandre de Moraes, negou pedido de um grupo de advogados ligados ao PT e manteve a posse de onze deputados bolsonaristas. Parlamentares da nova legislatura assumem os cargos na quarta-feira. O pedido para barrar a posse dos deputados foi feito por membros do Grupo Prerrogativas.

Eles alegaram que os congressistas endossaram os protestos extremistas na Praça dos Três Poderes. Na decisão, Moraes também rejeitou a abertura de um inquérito para investigar se os parlamentares participaram ou incentivaram os atos golpistas. O ministro afirmou que não há “justa causa” para a apuração. Dos 11 deputados, nove são do PL.

O partido caminha para ter as maiores bancadas da Câmara e do Senado, além de ser o partido que mais elegeu deputados estaduais no ano passado. Levantamento feito pelo jornal O Globo identificou que um a cada quatro parlamentares eleitos do partido reforçou as invasões às sedes dos Poderes por meio das redes sociais ou declarações públicas, incitando os atos no dia 8 de janeiro ou disseminando desinformação e teorias da conspiração após o ocorrido, para relativizar os crimes.

O levantamento contabilizou ainda um grupo que buscou transferir a culpa dos ataques para o governo Lula, alegando que a nova gestão teria estimulado as invasões para obter ganho político. Segundo o levantamento, 41 deputados federais e senadores de nove partidos que estarão na próxima legislatura emitiram posicionamentos falsos ou enganosos sobre as cenas de depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF.

As principais versões difundidas por esses parlamentares comparavam a detenção de golpistas a campos de concentração; acusavam o ministro da Justiça, Flávio Dino, de ter ignorado intencionalmente medidas de segurança; ou se referiam à presença de supostos “infiltrados de esquerda”.

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