A capital do Amazonas vive cenas de caos no combate à segunda onda da COVID-19. Hospitais e postos de saúde estão superlotados e sem cilindros de oxigêncio para atendimento. O governo estadual iniciou na quinta-feira (14) a transferência de 750 pacientes para serem atendidos em sete estados, e determinou um toque de recolher.
Nos últimos sete dias, a média móvel de mortes no Estado cresceu 183%. Mais de 219 mil pessoas estão infectadas, e 5,8 mil morreram pela doença. O governador Wilson Lima (PSC), disse que “o que está acontecendo hoje no Amazonas é algo extraordinário, resultado de uma mutação do vírus, que está sendo estudada. Há indícios de uma infecção muito veloz”.
O governo do Amazonas publicou decreto na quinta-feira confirmando a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no estado. Os exames estão programados para os dias 17 e 24 de janeiro. Mais de 160 mil estudantes se inscreveram na prova. O presidente do Inep, Alexandre Lopes, disse que não há garantia de que conseguirá reaplicar os exames nas cidades que não autorizaram sua realização.
Governo Federal
Diante da crise no estado, o presidente Jair Bolsonaro disse que “nós fizemos a nossa parte”. “A gente está sempre fazendo o que tem que fazer. Problema em Manaus, terrível o problema lá. Agora nós fizemos a nossa parte, com recursos, meios”, afirmou o presidente, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada.
Na ocasião, Bolsonaro também defendeu o tratamento precoce contra a COVID-19, e o uso de hidroxicloroquina e ivermectina – método que não tem eficácia comprovada.