O governo terá uma semana decisiva pela frente, com duas importantes medidas provisórias que estão prestes a perder a validade. Uma é a Medida Provisória 1171/23, que atualiza a tabela do IRPF e cria a taxação de offshores, que são investimentos feitos no exterior. A outra é a MP 1172/23, responsável pelo reajuste no valor do salário mínimo para R$ 1.320.
Não houve uma comissão mista para analisar a MP 1171. Por esta razão, o deputado Merlong Solano (PT-PI), que foi relator da 1172, decidiu unir os dois textos. Contudo, o tema gera descontentamento na Câmara, porque não houve negociação com os líderes.
A aliados, Arthur Lira (PP-AL) demonstrou insatisfação com a manobra, já que vinha defendendo que o tema das offshores fosse enviado via projeto de lei e sequer teve comissão mista instalada para analisar a MP. Embora Merlong Solano garanta que o assunto foi levado a Lira, o presidente da Câmara sinalizou que não há compromisso em pautar a proposta da forma como foi aprovada.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende que não há outra alternativa para compensação do aumento da faixa de isenção do imposto de renda, caso o Congresso não aprove a taxação das offshores.