A instalação das comissões permanentes pode ser adiada para após o feriado da Páscoa. Isso porque depois do fechamento da janela partidária, uma nova disputa política tomou conta dos bastidores da Câmara. O Partido Liberal, que abrigou aliados do presidente da República , sendo a maioria oriunda do extinto PSL, passou a pressionar para que a distribuição das comissões seja feita de acordo com a nova composição partidária, o que daria ao PL o direito de escolher o presidente da CCJ. O partido se tornou o maior da Câmara, com 78 deputados.
Mas a regra para distribuir o comando dos colegiados leva em consideração o tamanho das bancadas no início da legislatura. Isso significa que o União Brasil é o detentor dessa prerrogativa, já que nasceu da fusão do PSL (maior partido em 2019) com o DEM. Qualquer movimento contrário é visto como manobra e rejeitado por parlamentares ouvidos pelo O Brasilianista. O líder do União, Elmar Nascimento, rechaça qualquer possibilidade nesse sentido. “Chance zero”, disse, sobre a possibilidade do União perder a CCJ.
Dentro do partido, os nomes dos deputados Juscelino Filho e Arthur Maia são os mais cotados para o cargo.