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Trump restaura tarifas para aço e alumínio do Brasil

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (2), em sua conta no Twitter, que vai restaurar as tarifas do aço e alumínio brasileiros e argentinos. A medida é uma reação americana à desvalorização das moedas locais desses dois países. O Brasil está entre os principais fornecedores de aço e ferro para os norte-americanos.

A sobretaxa do aço foi um dos primeiros capítulos da guerra comercial de Trump. Visando a atingir sobretudo a China, o governo dos EUA impôs uma regra geral e, aos poucos, renegocia com cada país.

Trump disse que é de responsabilidade do Banco Central americano agir para que outros países não tirem proveito do dólar. Segundo ele, isso dificulta os fabricantes e agricultores americanos, tornando uma disputa injusta.

No final de agosto deste ano, o governo norte-americano flexibilizou as importações destes produtos quando decidiu que companhias dos EUA que negociarem aço do Brasil não precisariam pagar 25% a mais sobre o preço original desde que provem que há ausência de matéria-prima no mercado interno.

Na última sexta-feira (29), o dólar subiu em valores nominais (desconsiderando a inflação) atingindo o segundo maior nível desde a criação do real. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,241, com alta de R$ 0,025 (+0,58%). Do início do ano até a última sexta-feira, o dólar já subiu 9,43% frente ao real, barateando as exportações brasileiras e aumentando a competitividade dos produtos do país lá fora. Somente em novembro, a alta foi de 5,73%.

Na Argentina, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que iniciará as negociações com o Departamento de Estado dos Estados Unidos após a decisão do presidente Donald Trump.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro disse que fará uso do “canal aberto” que tem com o presidente norte-americano para conversar sobre a decisão de retomar as tarifas cobradas para importação de aço e alumínio brasileiros. Bolsonaro afirmou que o assunto será tratado com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

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