O presidente americano, Donald Trump, anunciou em seu twitter na sexta-feira (13), o fim da fase 1 do acordo de comércio entre China e Estados Unidos.
O governo chinês aceitou fazer reformas estruturais e comprar mais produtos americanos, como agrícolas, em troca da suspensão ou de cortes de tarifas em alguns produtos chineses. Os Estados Unidos prometeram suspender US$ 160 bilhões em tarifas retaliatórias sobre produtos chineses, encerrar outras taxas já em vigor e eliminar progressivamente as acusações que pendem sobre a China, na disputa comercial.
Dentro do acordo ainda está previsto um aumento ao acesso das empresas norte-americanas ao mercado chinês e reforçar a proteção imediata de direitos de propriedade intelectual.
Segundo o representante comercial norte-americano, Robert Lighthizer, a China concordou em comprar US$ 32 bilhões em produtos agrícolas adicionais dos Estados Unidos ao longo de dois anos como parte do pacto comercial sendo negociado há meses por ambos os países.
O acordo entre os dois países é visto como algo positivo para o Brasil, de acordo com o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo. Ele avalia que o cenário global está marcado por uma grande liquidez e que com o fim das tensões entre China e EUA, outros países priorizem também o Brasil.
Troyjo lembrou ainda que o Brasil possui um bom relacionamento com o governo americano e conta ainda com uma dinâmica própria de relação com o governo chinês e seu mercado, e caso ocorra uma melhoria e diversificação no valor ao produto exportado, o Brasil irá se favorecer.
Neste ano as exportações brasileiras de soja à China caíram, movimento que teve como pano de fundo a peste suína africana que varreu os rebanhos de porcos no país asiático, diminuindo a demanda pelos grãos, essenciais para a alimentação animal.