Se Donald Trump esperava por um gesto do governo chinês às vésperas de uma nova rodada de conversas sobre a guerra comercial que já se arrasta há quase dois anos — marcada para início de outubro —, já não precisa esperar mais.
Esta semana, a administração Xi Jinping anunciou que soja e carne de porco, dentre outros produtos agrícolas, serão excluídos de novas taxações.
A medida vem em boa hora para Trump, já que, entre 2018 e 2019, o governo gastou cerca de U$ 30 bilhões em subsídios para o agronegócio, de modo a diminuir o estrago causado pela medidas adotadas por Pequim.
Por outro lado, também é verdade que o movimento chinês conta com uma dose considerável de oportunismo: o país enfrenta uma grave epidemia de febre suína, obrigando o governo a matar mais de um milhão de porcos este ano (lembrando que o porco é uma das proteínas mais consumidas pelos chineses).