Biden x Warren não acontece como esperado

David J Phillip/AP/Shutterstock

Afora um par de semanas no fim de junho, quando Kamala Harris polarizou as atenções com Joe Biden ao contestá-lo durante um debate, há tempos o confronto entre o ex-vice-presidente e a senadora Elizabeth Warren era acalentado.

Em parte isso se dava pelo fato de Bernie Sanders — candidato que completa o trio favorito na disputa da nomeação — ter uma imagem mais conhecida. Entretanto recaia sobre as diferenças entre Biden e Warren o porquê de tanta expectativa.

Homem, branco, quase octagenário e de perfil moderado, o líder em todas as pesquisas está longe de ser o candidato dos sonhos da ala progressista do Partido. Ironicamente, porém, Biden conta com as joias da coroa, quando se trata das chances de um candidato democrata virar inquilino na Casa Branca: o apoio maciço de negros e latinos. Herança inequívoca dos 8 anos em que foi parceiro de Barack Obama.

Já Elizabeth Warren nada em uma raia bem diferente. Para além do fato de ser mulher, é 7 anos mais nova que Biden (completou 70 em junho), professora de Direito em Harvard e declaradamente progressista. 

Acontece que seu índice de aprovação junto às camadas mais pobres e estigmatizadas da sociedade americana é baixo. E Warren enfrenta não só esse desafio, mas também um latente sexismo nas discussões políticas.

Pois o aguardado embate não aconteceu. Biden saiu do debate com arranhões e derrapou algumas vezes, mas nada grave o suficiente para mudar o rumo das coisas. Pelo menos por enquanto.

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