A pesquisa Genial/Quaest divulgada na semana passada trouxe boas notícias para quatro governadores da direita com pretensões presidenciais em 2026: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP); Romeu Zema (Novo-MG); Ratinho Júnior (PSD-PR); e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). Como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível, esses quatro governadores despontam na bolsa de apostas como alternativas do campo bolsonarista.
Segundo a pesquisa Quaest, os quatro governadores têm elevada aprovação em seus estados: Tarcísio (62%); Zema (62%); Ratinho (79%); e Caiado (86%). Eles também possuem baixa desaprovação em seus redutos: Tarcísio (29%); Zema (31%); Ratinho (17%); e Caiado (12%). Entre eles, Tarcísio de Freitas é o nome mais forte. Além de comandar o estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, Tarcísio e a ex primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) figuram nas pesquisas nacionais como os nomes mais competitivos numa hipotética disputa com o presidente Lula (PT) daqui a dois anos.
Tarcísio possui uma situação confortável para 2026. Além da possibilidade de poder concorrer ao Palácio do Planalto, ele poderá optar por concorrer à reeleição em São Paulo. Outro nome importante na bolsa de apostas é Romeu Zema. Bem avaliado e sem poder disputar um novo mandato em Minas Gerais, Zema tem duas opções para 2026: disputar o Senado Federal com boas chances de sucesso eleitoral ou concorrer ao cargo de presidente da República.
Embora não tenham o mesmo capital político de Tarcísio e Zema no plano nacional, Ratinho Júnior e Ronaldo Caiado podem ser opções como “plano B” do bolsonarismo. Ambos comandam estados – Paraná e Goiás – em que o agronegócio é muito forte e que são considerados redutos bolsonaristas.
Em suma: mesmo tendo perdido a eleição presidencial de 2022 para Lula, o campo da direita possui quatro governadores com capital político para pleitear um projeto nacional em 2026. Sem dúvida, isso representa uma força. Porém, de outro lado, esses governadores terão o desafio de aglutinar a direita nos próximos anos. E essa aglutinação dependerá, principalmente, do aval que eles obtiverem de Jair Bolsonaro (PL), que, mesmo sem poder se eleger, segue como um ator político relevante.