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Mirando 2026, partidos negociam federações – Análise

Desde 2018, o país vem passando por expressivas mudanças no quadro partidário

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As eleições municipais nem aconteceram ainda e os partidos políticos já fazem planos para o pleito nacional em 2026. Desde 2018, o país vem passando por expressivas mudanças no quadro partidário, o que move as legendas a traçar estratégias de crescimento ou de sobrevivência. Os resultados saídos das urnas nas duas últimas eleições gerais decorreram tanto de fenômenos políticos quanto de alterações na legislação eleitoral.

Mirando 2026, partidos negociam federações

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Nesse segundo aspecto, destacam-se, de forma preponderante, a instituição da cláusula de barreira, o fim das coligações nas disputas proporcionais (eleição de deputados federais – que definem o valor dos repasses dos fundos públicos) e a redução do número de candidaturas. A combinação dessas três regras modificou consideravelmente o tabuleiro eleitoral. Nota-se uma redução gradativa no número de partidos (35 legendas em 2018, 29 agora), além de uma queda na quantidade de siglas com representação no Congresso Nacional.

Nesse cenário, o instituto da federação partidária vem ganhando espaço no planejamento eleitoral. Em 2022, três federações participaram do pleito: Brasil da Esperança – PT/PCdoB/PV; Federação PSDB/Cidadania; e Federação PSOL/Rede. Para 2026, algumas conversas já estão em andamento há algum tempo.

Seja para ampliar espaços, seja para fugir da cláusula de barreira, que terá como requisitos a obtenção de 2,5% dos votos nacionais ou a eleição de 13 deputados, em ambos os casos a serem distribuídos por sete unidades da Federação. Razão pela qual prevê-se que os nanicos vão buscar se federar.

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Foto: Antônio Augusto/ Ascom-TSE

A negociação mais latente é a que envolve União Brasil e PP. O Republicanos também é cortejado para compor o grupo. A eventual aliança tem como objetivo ampliar o poder dessas siglas e criar uma nova alternativa à direita.

Recentemente, PSDB, PDT e Podemos também iniciaram um diálogo. Hoje, as bancadas desses três partidos estão numa faixa entre 14 e 18 deputados, somando 47 membros. Individualmente, porém, todos se veem ameaçados de acabar não obtendo o desempenho mínimo. Na esquerda, a formação de frentes ideológicas é algo bem assimilado. Portanto, é muito provável que as federações atuais, encabeçadas por PT e PSOL, sejam reeditadas.

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