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Lava-Jato na arbitragem do futebol brasileiro

Frases de Textor abrem discussão sobre Lava-Jato na arbitragem

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Após a vitória contra o Red Bull Bragantino, nesta semana, John Textor, principal investidor da SAF do Botafogo, intensificou suas críticas à arbitragem do Campeonato Brasileiro, compartilhando com o jornal “O Globo” que possui gravações de árbitros lamentando o não recebimento de suas “propinas”. O empresário também prometeu que, em 30 dias, os fãs terão um entendimento claro dos eventos ocorridos durante a competição. O que faz muitos acreditarem que podemos estar próximos de uma Lava-Jato na arbitragem do futebol brasileiro

Textor vai inaugurar a Lava-Jato da arbitragem no Brasil?

Textor vai inaugurar a Lava-Jato da arbitragem no Brasil? – Imagem: Vitor Silva/Botafogo

A direção do Botafogo apontou erros em várias partidas que levantaram a suspeita de uma ação coordenada para prejudicar o clube. Textor declarou textualmente que “Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas”.

Deputados botafoguenses ouvidos pelo O Brasilianista cogitam pedir informações à Comissão de Arbitragem da CBF caso as gravações sejam reveladas publicamente. Consta ainda que as gravações deverão ser fornecidas ao Ministério Público e à Polícia Federal.

No ano passado, o tema de suborno de árbitros chegou a ser cogitado em meio às investigações de jogadores que forjavam lances para fraudar apostas esportivas. Agora, caso as gravações sejam verdadeiras e comprovem favorecimento a clubes no campeonato nacional estaremos às portas do maior escândalo do futebol brasileiro.

Itália teve sua lava-jato na arbitragem

Botafogo sofreu com erros de arbitragem em 2023

Botafogo sofreu com erros de arbitragem em 2023 – Imagem: Vitor Silva/Botafogo

Vale lembrar que o maior escândalo de arbitragem no futebol profissional ocorreu em 2006 na Itália. Conhecido como Calciopoli, o escândalo afetou principalmente grandes equipes da Série A italiana e também tendo impacto na Série B. O caso envolveu uma série de clubes, executivos tanto dos times quanto de organizações de futebol na Itália, além de árbitros e assistentes.

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O Calciopoli , revelado em maio de 2006 através de interceptações telefônicas, o mostrou ligações entre dirigentes de clubes e entidades de arbitragem nos campeonatos de 2004-05 e 2005-06, com acusações de manipulação na escolha de árbitros.

A Juventus, que ganhou o campeonato, e outros clubes como Fiorentina, Lazio, AC Milan e Reggina, viram seus nomes implicados. Como resultado, em julho de 2006, a Juventus perdeu o título da Série A de 2004-05. Mas a Justiça e a Federação não deram a taça para outro clube. Além disso foi relegada para a última posição na Série A de 2005-06. Com isso caiu para a Série B. Diversos diretores esportivos e árbitros receberam sentenças de prisão, mas conseguiram a absolvição em 2015, quase uma década depois. Entretanto a absolvição foi por causa da prescrição das acusações. A exceção ficou com o árbitro Massimo De Santis, que teve sua condenação de um ano confirmada.

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