O Brasilianista A quantidade de brasileiros vivendo no exterior atingiu um novo pico, ultrapassando os 4,5 milhões de pessoas, segundo dados recentes publicados pela Globo. Essa cifra supera a população do estado da Paraíba, destacando um aumento significativo na emigração nos últimos dez anos. Especialistas atribuem esse fenômeno a uma combinação de desafios econômicos e um crescente sentimento de desesperança em relação ao futuro entre os jovens e profissionais altamente qualificados.
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Durante a década passada, mais de 2,6 milhões de brasileiros deixaram o país, com picos de emigração em anos de crise, como 2013 e 2020. O sociólogo Rogério Baptistini, da Universidade Mackenzie, sugere que a percepção pessimista sobre as perspectivas futuras tem sido um catalisador importante desse fenômeno, especialmente entre aqueles que experimentaram uma ascensão social nos anos anteriores.
Os destinos mais populares para os brasileiros emigrantes são a América do Norte e a Europa Ocidental, representando 45% e 32%, respectivamente, do total da diáspora. Esse fluxo migratório é impulsionado pela busca por melhores condições econômicas, sociais e culturais, destacando a mudança de percepção sobre o Brasil como terra de oportunidades.
Recorde no PIB com a emigração brasileira
Além disso, o aumento da emigração brasileira tem implicações econômicas significativas. Embora as remessas pessoais vindas do exterior tenham alcançado um recorde de R$ 4,7 bilhões em 2022, representando 0,47% do PIB, especialistas alertam para a perda de consumidores e a fuga de cérebros, especialmente em setores estratégicos como pesquisa, tecnologia e defesa.
A série de reportagens iniciada pelo jornal O GLOBO explora as razões por trás desse fenômeno e seus impactos, destacando histórias de brasileiros em cinco principais destinos: Estados Unidos, Portugal, Paraguai, Reino Unido e Japão. Essa tendência de emigração reflete não apenas os desafios enfrentados pelo Brasil, mas também a dinâmica global em constante mudança dos movimentos migratórios.