A informação divulgada ontem (27) pelo boletim médico do Hospital Sírio-Libânes de que o prefeito de São Paulo (SP), Bruno Covas (PSDB), está com tumor no trato digestivo, além de um bloqueio de artéria no pulmão, tem potencial para aumentar o clima de incertezas tanto entre os tucanos quanto no cenário eleitoral de 2020 na capital paulista.
Ainda não há informações mais precisas sobre o tumor, mas foi revelado que Covas será submetido a uma laparoscopia — técnica de cirurgia menos invasiva — para aprofundar o diagnóstico.
Inicialmente, ocorrerá uma solidariedade das forças políticas ao prefeito. Ontem, após a divulgação do boletim médico, o governador João Doria (PSDB) publicou no Twitter a seguinte mensagem: “Minha fé e oração dedicadas ao Bruno Covas, amigo e parceiro de ideais e princípios. Que se recupere o mais breve possível”.
Mesmo com a solidariedade pública de aliados e da classe política a Bruno Covas, o problema de saúde do prefeito tende a gerar nos bastidores do PSDB mais especulações sobre o cenário eleitoral do próximo ano.
Antes do problema de saúde de Covas, setores do PSDB já comentavam sobre a possibilidade do prefeito não disputar à reeleição no ano que vem devido a avaliação negativa de sua administração.
Dependendo da magnitude do tumor, as especulações em torno de outras opções de candidatos no PSDB tende a crescer. Ao menos por enquanto, Bruno Covas continua sendo o candidato do governador João Doria.
Entretanto, o nome do deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) pode crescer como opção. Além dele, a também deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), caso troque de partido para o PSDB ou DEM, por exemplo, também tende a ser especulada como alternativa.
Faltando cerca de um ano para as eleições de 2020, o nome de Bruno Covas continua no tabuleiro. Mesmo com o diagnóstico de um tumor, nada impede que Covas seja candidato.
Aliás, vale recordar que na eleição presidencial de 2010, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) teve o diagnóstico de um linfoma, foi candidata e venceu a eleição. O mesmo pode se repetir com prefeito.
Porém, assim como o nome de Covas não deve ser descartado, também será inevitável o debate no PSDB sobre como será 2020 sem o nome do prefeito no páreo.