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Cenário eleitoral permanece indefinido mesmo com oficialização de pré-candidaturas

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O cenário da disputa pela Prefeitura de São Paulo (SP) começa a ganhar forma. Até agora, foram anunciados sete pré-candidatos (ver tabela abaixo).

PRÉ-CANDIDATOS

VICES

Guilherme Boulos (PSOL)

Luiza Erundina (PSOL)

Filipe Sabará (Novo)

Marina Helena (Novo)

Orlando Silva (PCdoB)

Indefinido

Eduardo Jorge (PV)

Roberto Tripoli (PV)

Andrea Matarazzo (PSD)

Marta Costa (PSD)

Levy Fidelix (PRTB)

Jaio Glikson (PRTB)

Joice Hasselmann (PSL)

Ivan Leão Sayeg (PSL)

 Até o dia 16 devem ser confirmados mais dez pré-candidatos. São eles: Márcio França (PSB), que deve ter Antônio Neto (PDT) como vice. Arthur do Val (Patriota) tendo Adelaide Oliveira (Patriota) como vice. Marcos da Costa (PTB) e a Policial Edjane (PTB), além da chapa Ribas Paiva (PTC) e Coronel Adriana (PTC).

Também serão oficializados os nomes de Bruno Covas (PSDB), que disputará à reeleição, além de Jilmar Tatto (PT), Vera Lúcia (PSTU), Antonio Carlos Mazzeo (PCB), Vivian Mendes (UP) e Celso Russomanno (Republicanos).

As convenções partidárias que oficializarão essas pré-candidatos serão realizadas a partir da próxima sexta-feira (veja abaixo o cronograma das convenções partidárias).

Partidos

Datas

PSB

11 de setembro

PSDB

12 de setembro

PT

12 de setembro

Patriota

12 de setembro

PTB

12 de setembro

PSTU

12 de setembro

PTC

13 de setembro

PCB

14 de setembro

UP

14 de setembro

Rede

15 de setembro

Republicanos

16 de setembro

 Vale registrar que esse não é o quadro definitivo de candidatos, pois até o dia 26 de setembro, mesmo com o registro de pré-candidatos, os partidos ainda podem desistir da candidatura própria para ingressar em outras coligações.

Por enquanto, Covas é quem mais atraiu aliados. O prefeito já garantiu os apoios do MDB, DEM, Podemos, PSC, PL, Cidadania, PROS e o PP.

Agora, o desafio do prefeito é encontrar um vice. Diante da possibilidade cada vez mais forte do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP) ser candidato, uma alternativa para Covas pode ser a ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy (SD).

Embora seja cotada como pré-candidata, a tendência é que Marta não concorra. Seu partido, o SD, sequer definiu a data de sua convenção, aumentando as especulações sobre uma possível dobradinha com Covas.

Quem também garantiu alguns apoios foi o ex-governador Márcio França (PSB). Até agora, PDT, PMN e Avante devem estar presentes em sua futura coligação. Embora Marta possa ser a vice de Márcio, essa tese perdeu força diante dos movimentos do ex-governador em direção ao presidente Jair Bolsonaro.

No campo da esquerda, a pré-candidatura do ex-deputado Jilmar Tatto (PT) está bastante enfraquecida. Na semana passada, surgiram rumores sobre o suposto interesse do ex-presidente Lula (PT) de que Tatto desista de concorrer para apoiar Guilherme Boulos (PSOL).

A suposta movimentação para tirar Tatto do jogo foi contida internamente. Porém, setores sociais importantes no campo progressista estão se alinhando com Boulos e sua vice, a ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL).

Como o bolsonarismo ainda não possui candidato natural na capital paulista e Joice Hasselmann é vista como dissidente, outras alternativas se lançarão no campo da direita/centro-direita como, por exemplo, Felipe Sabará (Novo), Arthur do Val (Patriota) e Levy Fidélix (PRTB).

Porém, nenhum deles devem empolgar a base bolsonarista. Tanto Arthur quanto Joice não são bem vistos pela base social do presidente. E Sabará nunca foi próximo ao bolsonarismo. É por isso que Márcio França, vendo o centro sendo ocupado por Covas e a esquerda por Boulos, ensaia, além das críticas ao PSDB, acenos ao bolsonarismo.

Trata-se de um movimento arriscado, pois Márcio França é filiado ao PSB, partido que faz oposição a Bolsonaro. Além disso, caso Celso Russomanno (Republicanos) seja candidato, a tendência é que o bolsonarismo – principalmente os setores mais conservadores ligados aos evangélicos – apoiem Russomanno.

Conforme podemos observar, o cenário na capital paulista, mesmo após o anúncio de pré-candidaturas, tende a continuar bastante indefinido, ao menos até duas peças-chaves definirem seus rumos: Celso Russomanno e Marta Suplicy.

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