Em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) aparece com um ponto percentual à frente de Guilherme Boulos (PSOL). Neste momento, Nunes e Boulos concentram 47% das intenções de voto, o que indica uma disputa polarizada. Interessante observar que na comparação com o levantamento realizado em maio, apesar de José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) terem crescido, eles ainda estão longe de ameaçar Nunes e Boulos.
O crescimento de Datena pode ser atribuído à exposição que ele tem tido, pois foi anunciado recentemente pelo PSDB como pré-candidato. Marçal, por sua vez, mesmo com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Ricardo Nunes, tem a simpatia de parte do eleitorado bolsonarista em função de sua ativa campanha digital.
Embora Datena, Marçal e deputada federal Tabata Amaral (PSB) concentrem 28% das intenções de voto, nenhum desses nomes aparecem hoje com capital político para quebrar a polarização. Outro aspecto a ser observado é que como temos uma pulverização de nomes buscando se credenciar como terceira via, isso acaba reforçando a polarização entre Ricardo Nunes e Guilherme Boulos.
Na simulação de primeiro turno, as pré-candidaturas de direitas – Nunes; Marçal; Marina Helena; e Kim Kataguiri – contabilizam 42%. O campo de esquerda, representado por Boulos; Tabata; Altino; Senese; e Pimenta – soma apenas 33%.
Num eventual segundo turno, Nunes venceria Boulos por 48% a 38%, o que indica uma vantagem para o prefeito, já que sua rejeição (24%) é inferior à de Boulos (33%). Outra informação positiva trazida pelo Datafolha para Ricardo Nunes é que a avaliação positiva da administração municipal cresceu cinco pontos percentuais em relação a maio, atingindo 31%. A avaliação negativa, por outro lado, nesse mesmo período, caiu três pontos, chegando aos 22%. E o índice regular ficou estável, passando de 45% para 43%.