O
ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI),
Augusto Heleno, foi questionado, nesta
quarta-feira (7), sobre o reconhecimento do resultado das eleições presidenciais realizadas em outubro.
A pergunta foi feita pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), durante audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CCFC) da Câmara.
O ministro
foi convocado a prestar esclarecimentos à comissão
sobre
“ataques”
em 7 de setembro
– Dia da Independência do Brasil – e “escalada de
violência pela extrema-direita”.
No segundo turno das eleições, em
30 de outubro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito com 50,90% dos votos válidos, enquanto o presidente Jair Bolsonaro, que tentava a reeleição, obteve 49,10%.
“Essas outras coisas
que o senhor falou aí
estão dentro de um contexto em que muitos não reconhecem o resultado eleitoral e estamos esperando
solução para
algumas coisas que foram pleiteadas. Foram normalmente ignoradas pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral], pelo próprio STF [Supremo Tribunal Federal], e estamos vivendo uma situação esdrúxula no Brasil, que não merece comentário agora porque não é o motivo da convocação”, respondeu o general.
Manifestações
Ao falar sobre as
manifestações
do dia
7 de setembro, o chefe do GSI avaliou que foram atos democráticos e controlados.
“Felizmente, contrariando alguns prognósticos pessimistas, os fatos do dia
7 de setembro
foram muito tranquilos, conduzidos de forma democrática, de forma muito controlada. Absolutamente dentro dos padrões de uma manifestação que ocorre em qualquer país democrático do mundo.”
Durante a audiência, o trabalho do militar à frente do GSI foi bastante elogiado por parlamentares governistas.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, foi um dos
principais alvos
de críticas do grupo. “O Senado, ali do outro lado da rua, deveria pautar os pedidos de impeachment que, porventura, não estejam pisando dentro das quatro linhas da Constituição”,
disse
o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP),
que participou do início da audiência.
Convocação
Em novembro, Augusto
Heleno
havia sido convidado a comparecer à comissão para prestar esclarecimentos sobre suposta interferência, por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em investigação conduzida pela Polícia Federal envolvendo Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro,
por
tráfico
de influência,
mas,
sob a
alegação de
problemas de saúde,
ele
não compareceu. A audiência havia sido solicitada pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP).
Por causa da ausência nesse dia, o colegiado aprovou a convocação do chefe do GSI. A audiência de
hoje
foi
resultado
de um requerimento
do 1º vice-presidente da comissão, deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ),
aprovado pelo colegiado.
Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2022-12/na-camara-ministro-do-gsi-diz-que-pais-vive-situacao-esdruxula