Início » Preços do petróleo voltam a subir; futuro da Petrobras em discussão na campanha política

Preços do petróleo voltam a subir; futuro da Petrobras em discussão na campanha política

A+A-
Reset

O preço do barril de petróleo no mercado internacional volta a registrar alta, em meio às discussões sobre a transição energética. Enquanto isso, o futuro da Petrobras passa por diferenças significativas nos planos das duas candidaturas em disputa pela Presidência da República: Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

As divergências vão desde o tamanho da estatal, passando pela visão estratégica de refino e produção de óleo e mesmo ampliação da atuação da empresa para o setor elétrico, além da política de preços dos combustíveis. O PT já se manifestou no curso da campanha contra a venda de ativos como refinarias;

O partido pretende ampliar a capacidade de produção de derivados, fazer parcerias com o setor privado para estender a atuação da estatal de modo a transformá-la em empresa de energia, atuando na geração de outras fontes.

Já do lado do presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição, o comando da campanha defende manter a venda de ativos e até mesmo na privatização da empresa, ainda que não se conheça ainda o modelo a ser adotado, coo aquele que foi empregado no caso da Eletrobras, conhecido com Corporation.

Nesse modelo, não há acionista com participação elevada no controle da empresa. As ações são diluídas entre vários investidores ou grupos de investidores. Os dois casos, envolvendo os grupos ligados a Lula e a Bolsonaro, há um ponto em comum: a política de preços colocada em prática pela estatal.

Essa política equipara os valores do mercado doméstico ao dólar e ao custo do barril de petróleo. O PT tem um plano para mudar essa política de preços, enquanto a equipe de Bolsonaro não diz exatamente o que pretende fazer com os preços da estatal. Porém, critica nos bastidores a atual forma de reajuste. O presidente defendia os preços livres no setor, mas Bolsonaro mudou o comando da estatal por três vezes em dois anos, por não concordar com os aumentos da gasolina e diesel.

Preço próximo a US$ 100

Para o consultor e ex-diretor da ANP, Felipe Kury, o barril de petróleo tipo Brent, principal cotação internacional, deve permanecer próximo ao patamar dos US$ 100 até o fim do ano, o que pode levar a Petrobras a ter que aumentar os preços dos combustíveis no mercado nacional.

Felipe Kury destaca que, se a empresa não aumentar os preços em linha com a alta internacional do barril, a janela para a atuação de importadores independentes pode se fechar e prejudicar o abastecimento.

O ex-diretor da ANP afirma que os preços no mercado internacional refletem as pressões do jogo geopolítico atual. “Pode-se esperar que os preços internacionais fiquem próximos aos US$ 98 a US$ 100 por barril”.

Páginas do site

Sugira uma pauta ou fale conosco

Usamos cookies para aprimorar sua experiência de navegação. Ao clicar em "Aceitar", você concorda com o uso de cookies. Aceitar Saiba mais