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Papa Francisco reúne os cardeais nesse fim de semana e empossa os novos, nomeados em maio

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Cardeais da Igreja Católica de todo o mundo reúnem-se no Vaticano neste fim de semana para cerimônia de posse dos vinte novos integrantes do colégio cardinalício, escolhidos no fim de maio. O encontro está sendo comparado a uma espécie de ensaio do conclave para escolher o sucessor de Francisco, o que só deve ocorrer depois de eventual renúncia ou morte do atual líder da Igreja Católica.

Neste sábado, o Papa Francisco empossará vinte novos cardeais no Colégio dos Cardeais, um grupo exclusivo no qual os membros atuam como principais conselheiros e administradores do papa.
Entre eles, há dois brasileiros: dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, e Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília. E um paraguaio, Adalberto Martínez Flores, arcebispo de Assunção – os únicos latino-americanos.

Dos novos cardais, 16 deles têm menos de 80 anos. Portanto, tornam-se cardeais eleitores, podendo votar para a escolha do futuro papa ou serem votados para o posto.

Neste sábado ocorre uma cerimônia conhecida como consistório, uma reunião dos cardeais com o papa. Trata-se da oitava vez que Francisco nomeia novos cardeais. Ao escolher pessoas com visão de um catolicismo mais inclusivo, ele consegue deixar marca no futuro da Igreja.

“A probabilidade de ter outro papa que continue as políticas de Francisco agora são maiores, mas nunca se sabe como os cardeais votarão quando entrarem em um conclave”, escreveu o padre Tom Reese, historiador da Igreja e colunista da agência Religion News Service.

O papa Francisco, eleito em 2013, escolheu 83 dos 132 cardeais eleitores (63% do total). A Igreja determina que pode haver no máximo 120 eleitores, mas é comum que os papas ignorem essa medida. Principalmente porque os cardeais que ultrapassam os 80 anos perdem o direito de votar.

Desde que foi eleito, Francisco adotou escolhas próprias de cardeais. Ele costuma dizer que prefere cardeais de locais distantes ou de pequenas cidades em detrimento de católicos de capitais de países desenvolvidos.

O arcebispo de Manaus, Leonardo Steiner, da Ordem Franciscana dos Frades Menores (OFM), é o primeiro cardeal da região amazônica. Sua escolha evidencia a preocupação do atual papa com as nações indígenas e com a Amazônia.

Em julho, o papa afirmou que não tem planos para renunciar no futuro por motivos relacionados à saúde. Isso significa que ele pode nomear ainda mais cardeais no ano que vem.

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