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Eduardo Leite: O PSDB é um partido necessário

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A falta de um candidato do PSDB para a presidência não afeta a necessidade do partido no combate à polarização, segundo Eduardo Leite (PSDB-RS). Para ele, a aliança entre o MDB e o PSDB está sendo discutida no estado, assim como ocorreu a nível nacional. O pré-candidato a governador do Rio Grande do Sul também contou ao Brasilianista os motivos para se candidatar novamente ao cargo.

“Não podemos deixar que o Rio Grande do Sul corra o risco de cair no populismo de direita ou de esquerda, perdendo os avanços da nossa gestão” afirmou Leite.

Leia a entrevista na íntegra:

O senhor oficializou a candidatura ao governo gaúcho, mas sempre criticou a reeleição. O que mudou?

Mudaram o cenário político, a minha responsabilidade com os atores políticos do centro democrático e a minha decisão pessoal. O que não mudou, nem mudará, são os meus princípios. Não podemos deixar que o Rio Grande do Sul corra o risco de cair no populismo de direita ou de esquerda, perdendo os avanços da nossa gestão. E decidi ouvir essas outras vozes mudando de opinião sobre concorrer, sem retirar críticas à reeleição como instrumento. Não concordo com o uso do cargo no exercício de uma candidatura, com o aproveitamento, ainda que não intencional, de toda a estrutura e dos recursos de governo. E só estou me candidatando à reeleição por ter renunciado ao mandato, o que me deixou confortável. Porque hoje sou um candidato a governador e não um governador candidato.

Como fica a situação com Gabriel Souza, candidato do MDB no estado?

Historicamente, o MDB e o PSDB estiveram juntos em muitos momentos no estado. O próprio PSDB já foi vice do MDB, e estivemos no governo Sartori, bem como o MDB esteve no nosso. O deputado Gabriel Souza foi importante ator, inclusive como presidente da Assembleia em nossa gestão. Assim como houve entendimento entre os partidos em âmbito nacional, estamos conversando aqui no estado para tentar encontrar um denominador comum. Mas a definição sobre apoiar e estar junto da nossa candidatura é uma decisão interna do MDB.

Como avalia o momento do PSDB que pode, pela primeira vez, ficar fora da disputa presidencial?

O PSDB é um partido necessário, não só pelo que já fez, com o importante papel que teve na estabilização da economia e da política, mas também com o que pode fazer em um período de tamanha polarização. Nosso partido não tem um dono, o que suscita discussões internas que podem ser vistas externamente como fragilidades. Eu acredito na capacidade de superação de qualquer dificuldade e que o partido seguirá forte, com protagonismo no cenário nacional.

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