A pesquisa Ipespe divulgada hoje (3) aponta que seguimos sem alteração no quadro sucessório. O ex-presidente Lula (PT) lidera com 45% das intenções de voto. O presidente Jair Bolsonaro (PL) está em segundo lugar com 34%.
Terceiro colocado, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) oscilou um ponto para cima em relação a semana passada e agora registra 9%. A variação está dentro da margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos. A senadora Simone Tebet (MDB) registra 3%. Os demais candidatos somam 3%. Brancos, nulos e indecisos atingem 7%.
Considerando os votos válidos, neste momento, Lula teria 47,87%. Em função da margem de erro, não é possível afirmar se a disputa terá um ou dois turnos. No entanto, apesar de matematicamente ser possível o ex-presidente vencer em primeiro turno, hoje, o cenário-base continua sendo uma disputa de dois turnos entre Lula e Jair Bolsonaro.
Na simulação de segundo turno, também temos uma estabilidade em relação a semana passada. Lula aparece com 53% das intenções de voto e Jair Bolsonaro soma 35%. Brancos, nulos e indecisos somam 12%.
Interessante observar que, no segundo turno, Bolsonaro praticamente não agrega novos eleitores comparado a simulação de primeiro turno – o presidente tem 34% na sondagem do primeiro turno e 35% no segundo turno. Isso pode ser atribuído à elevada rejeição de Bolsonaro (59%), superior à observada por Lula (43%).
A elevada rejeição de Bolsonaro é consequência, majoritariamente, do cenário econômico. De acordo com o Ipespe, 61% dos entrevistados consideram que a economia está “no caminho errado”. Apenas 33% avaliam que a economia “está no caminho certo”, percentual que é similar a intenção de voto em Bolsonaro.
Outro aspecto que mostra o peso da economia é a intenção de voto por renda. Hoje, Lula venceria Bolsonaro em função de seu desempenho no eleitorado com renda mensal de até 2 salários (51% a 26%), que representa 47% da população brasileira. No segmento com renda mensal de mais de 2 a 5 salários, Lula tem de 40% a 39%. E na faixa de renda acima de 5 salários, a vantagem é de Bolsonaro: 45% a 39%.