Na sequência da aprovação do processo de privatização da Eletrobras pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a empresa entregou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na sexta-feira (27), a documentação necessária para realizar a oferta de ações que resultará em sua privatização. A operação se iniciará no dia 13 de junho, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
A expectativa do governo é de que sejam movimentados em torno de R$ 30 bilhões. Fontes do mercado financeiro informaram que investidores já sinalizaram interesse em comprar em torno de R$ 13 bilhões em ações da empresa. A operação envolverá oferta primária (ações novas) e secundária (ações já existentes) de ações ordinárias, com direito a voto, e será realizada simultaneamente no Brasil e no exterior.
A oferta primária será de 627.675.340 novas ações. O comunicado encaminhado pela Eletrobras à CVM informa ainda que a quantidade de ações da oferta inicial poderá ser acrescida de um lote suplementar de até 15% do total das ações.
Após o lançamento oficial da oferta de ações ao mercado, será realizado um roadshow para a apresentação de oportunidades a investidores e a coleta de intenções relativas à operação. É nesse momento que se apura, efetivamente, a demanda do mercado pela operação e o valor final por ação da oferta.
Na quinta-feira (26), o conselho de administração da Eletrobras aprovou a integralização, por Furnas, sua subsidiária, da totalidade das ações da Madeira Energia, controladora da Usina Hidrelétrica Santo Antônio Energia, no rio Madeira, em Rondônia.
A medida se refere a ações que porventura sobrarem após o aumento de capital, em torno de R$ 1,5 bilhão, que pode não ser acompanhado pelos demais sócios no empreendimento. Na sexta, a empresa republicou seu balanço do primeiro trimestre para incluir revisão da avaliação de auditor independente em relação à Santo Antônio.