Apesar do possível efeito sobre a popularidade de Jair Bolsonaro (PL), a liderança do governo na Câmara não apoia o reajuste do Auxílio Brasil para R$ 600. A alteração no valor poderia entrar na MP 1076, que estava na pauta desta terça-feira (5). Emendas nesse sentido foram apresentadas, no ano passado, pela oposição, mas nos bastidores deputados de esquerda demonstram receio de que esse aumento possa beneficiar Bolsonaro.
Segundo pesquisas, o presidente da República cresceu oito pontos percentuais no público que recebe até dois salários mínimos, ou seja, entre os beneficiários do Auxílio Brasil. Apesar de afirmarem publicamente que o cálculo eleitoral não é prioridade, teme-se que o aumento reflita na intenção de votos sobre Bolsonaro.
O senador Flavio Bolsonaro declarou ao O Brasilianista que é preciso “fazer conta” para que o país não dê um passo e gere incerteza aos investidores. “Tem que fazer conta pra ver se tem como aumentar. Não dá pra mexer e impactar negativamente no dólar e prejudicar o próprio beneficiário do auxílio Brasil”, declarou.
Tendência
A avaliação é de que o valor atual, de R$ 400, seja mantido.