Durante uma entrevista coletiva realizada na Embaixada do Brasil em Paris, na última terça-feira (29), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil terá papel decisivo na agenda da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre as mudanças climáticas. Ele comentou que o país faz parte da solução dos desafios ambientais globais.
Em janeiro deste ano, a OCDE aprovou o convite para que o Brasil inicie o processo formal de participação da organização. A viagem de Paulo Guedes ocorre justamente no momento em que o país avança no processo de acessão à entidade. Na última semana, o ministro se encontrou com o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, para tratar especialmente sobre esse assunto.
O ministro Paulo Guedes também se encontrou com diretores das áreas de tributação e finanças da OCDE. O tema do Global Tax Agreement, foi o principal assunto tratado, porém não o único. As ideias da criação do mercado global de carbono, do pagamento por serviços ambientais e a necessidade de interação com o setor privado foram salientadas e recebidas com muita atenção por parte de toda a equipe presente.
Na reunião com Mathias Cormann e diretores da OCDE, Guedes destacou o trabalho realizado pelo Ministério da Economia nas áreas de investimento, financeira e tributária, além de reiterar que a acessão do Brasil à entidade contribuirá para o aprofundamento do processo de reformas e modernização da economia do país.
Um balanço dos dois dias de reuniões em Paris foi feito por Guedes, e pelos secretários Marcelo Guaranys, Erivaldo Gomes e Lucas Ferraz, todos integrantes do Ministério da Economia. De acordo com os mesmos, o Brasil está bem posicionado na lista de acesso à OCDE e todos os protocolos estão em andamento. Além do Brasil, são candidatos ao ingresso na entidade outros cinco países: Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia.
Também no último dia 29, Guedes e sua equipe se reuniram com empresários franceses. O tema central do encontro foram os fluxos diretos de investimentos no Brasil. Depois desse compromisso, o ministro retornou à sede da OCDE para uma reunião sobre relações externas de investimentos