A greve dos funcionários do Banco Central, iniciada na última sexta-feira (1), devolveu para a pauta dos sindicatos a possibilidade de mobilização nacional. Nesta segunda-feira (4) o Sindicato de Servidores da CVM decidiu reenviar ofício pedindo audiência com o secretário de Gestão e Desenvolvimento de Pessoal, Leonardo Sultani. Na reunião devem ser apresentadas as demandas da categoria. O prazo concedido para resposta é de uma semana. Caso não tenham retorno, os servidores devem cruzar os braços no dia 12 de abril e votar indicativo de greve no dia seguinte.
“Ainda não é possível avaliar a tendência, mas como o BC decretou greve, e somos muito ligados a eles, vamos avaliar aderir à mobilização ou fazer um calendário próprio de reivindicação”, declarou o presidente do sindicato, Hertz Viana.
Além do reajuste de 20%, a categoria pede que o direcionamento da taxa de fiscalização da CVM para investimentos em tecnologia e a realização de concursos públicos. Neste momento, as paralisações são decididas por sindicatos específicos, depois que a possibilidade de greve geral não avançou.
O diretor do Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe), David Lobão, declarou ao O Brasilianista que nesta semana as mobilizações serão focadas nas entidades regionais. “Precisamos fortalecer as mobilizações nos estados para fazer essa greve forte e grande. Neste momento ela não está forte nem grande. Precisamos de mais adesões”, avaliou.