Os sócios e diretores da Arko Advice, Thiago de Aragão, mestre em Relações Internacionais, e Michael Lopez, cientista político, comentaram em live na última quinta-feira (24) sobre a tensão que Rússia e Ucrânia vivem neste momento.
Os especialistas debateram os desdobramentos da guerra que o mundo está acompanhando desde a madrugada de quinta-feira. As tropas russas invadiram o território ucraniano, ação que tem reflexo na economia do mundo.
Thiago de Aragão, que falou diretamente de Washington (EUA), acredita que no momento não terá intervenção externa de outros países e nem da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança formada por 30 países, incluindo EUA, Canadá, Reino Unido e França. De acordo com Thiago, caso houvesse essa ação as coisas sairiam do controle.
“O que ficou claro para nós é que a OTAN não vai mandar soldados para lá, porque eles não querem se meter em uma guerra onde soldados britânicos, franceses e americanos atiram em soldados russos e vice-versa, porque aí sai tudo do controle e o que está hoje confinado nas fronteiras da Ucrânia acaba se perdendo e vai abrindo para toda a Europa.”
Acompanhe a live na integra: https://www.youtube.com/watch?v=CSYnfeII-Lw
Rússia x Ucrânia
Os conflitos entre Rússia e Ucrânia já vem de muito tempo. A Ucrânia fez parte de impérios, sofreu inúmeras invasões, foi incorporada pelos russos e pelos soviéticos, se tornou independente, mas nunca resolveu por completo sua relação com a Rússia.
Entre os principais motivos para a invasão russa, estão os conflitos separatistas no leste da Ucrânia, a aproximação do país com o Ocidente, a possibilidade da Ucrânia fazer parte da Otan e da União Europeia, a expansão da Otan no Leste Europeu e a
ambição expansionista e revisionista de Putin.
Interferência no Brasil
O que está acontecendo do outro lado do mundo tem reflexos diretos na economia do Brasil. A princípio, um dos resultados que se espera dessa guerra é o aumento no preço dos combustíveis. O valor do barril de petróleo já vinha em uma crescente nas últimas semanas, mas com a invasão na Ucrânia, o preço do barril do Brent subiu cerca de 8% e chegou a US$ 105 (cerca de R$ 550), o maior valor desde 2014.