O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou em Moscou, na quarta-feira (16), que a estatal russa Rosatom poderá participar do consórcio que finalizará a obra da usina nuclear de Angra 3 (RJ). A empresa, que mantém escritório no Rio de Janeiro desde 2015, tem conversado com autoridades brasileiras para integrar o consórcio que será contratado para concluir a usina. “As obras estão em andamento, mas a Eletronuclear vai escolher uma empresa especialista no setor de usinas nucleares”, disse Bento Albuquerque, acrescentando: “Evidentemente, a Rosatom é uma delas, entre outras que existem no mundo, para finalizar a obra.” Em construção há três décadas, Angra 3 deve começar a operar em 2026. Alvo de escândalos de corrupção, a usina chegou a ter as obras paralisadas. Escritório no RioA Rosatom avalia a possibilidade de desenvolver projetos no Brasil relacionados à geração de energia nuclear. Presidente da empresa na América Latina, Ivan Dybov afirma que o país tem potencial para erguer pequenos reatores modulares, que permitem a implantação de usinas nucleares menores, além de projetos de hidrogênio, apontado como importante combustível na transição para a economia de baixo carbono. Esse tipo de reator nuclear abrange projetos com capacidade instalada de 50 megawatts (MW) a 300 MW, menores do que as usinas nucleares tradicionais. Para especialistas, esses projetos podem dar maior flexibilidade ao sistema elétrico, uma vez que ajudam no controle da injeção de energia na rede. A Rosatom é a única empresa no mundo que tem pequenos reatores em operação. “Uma grande usina é economicamente atraente para regiões que têm linhas de distribuição desenvolvidas e grande consumo de energia. Pequenos reatores são bons para áreas remotas. Na Rússia, construímos projetos em áreas não conectadas à rede e que entregam energia segura a preços acessíveis”, disse Dybov. |
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