Após a criação de um bloco de aeroportos para aviação executiva na 7ª Rodada de Leilões do setor, o Ministério da Infraestrutura decidiu fazer a concessão conjunta dos aeroportos Santos Dumont e Galeão, em certame previsto para o próximo ano.
A decisão ocorreu após a operadora RioGaleão, controlada pela Changi, de Singapura, decidir devolver a concessão do terminal ao governo federal. Na quinta-feira (10), a concessionária divulgou nota confirmando que apresentou ao governo pedido de relicitação da concessão aeroportuária, conforme previsto na Lei nº 13.448/17.
A RioGaleão pediu o reequilíbrio “completo”, envolvendo todos os efeitos da pandemia para o contrato inteiro, o que não foi aceito pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A concessão do Galeão é de 25 anos (de 2014 a 2039) e a operação é controlada pela Changi desde 2017 (com 51%), tendo a Infraero como sócia (com 49%).
Segundo o ministro Tarcísio de Freitas, a previsão é que o edital do leilão dos dois aeroportos seja lançado no próximo ano. Somente no Santos Dumont são esperados R$ 1,3 bilhão em investimentos privados durante a duração do contrato. Estudos serão realizados para estimar o volume de recursos necessários para revitalizar o Galeão.
Ao anunciar a decisão do novo formato do leilão do Santos Dumont, o ministro disse que estava sendo criada uma nova rodada (a 8ª). “Teremos agora um mesmo operador para Galeão e Santos Dumont. Isso resolve várias questões e elimina uma série de preocupações que estavam sendo manifestadas pelo setor produtivo do Rio.”