Pelas estimativas elaboradas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o país vai demandar R$ 23,9 bilhões em investimentos no segmento de transmissão de energia até 2026. Desse total, R$ 16,3 bilhões decorrerão de novas obras.
Os dados constam do plano de operação de médio prazo do Sistema Interligado Nacional (SIN) e levam em conta a projeção feita pelo ONS de crescimento da demanda de energia de 20% em 2026, em relação ao registrado em 2020.
O valor previsto em investimentos inclui a necessidade de construção de 7.951 quilômetros de novas linhas de transmissão – um crescimento de 4,3% em relação à rede hoje existente. A estimativa inclui mais de 20 mil megavoltampère (MVA) de acréscimo em capacidade de transformação em subestações.
O maior fluxo de investimentos deve ocorrer em Minas Gerais, num total de R$ 9,9 bilhões, seguido por Santa Catarina e São Paulo. Para o ONS, o crescimento da geração pelas fontes eólica e solar pode provocar restrições de escoamento da energia gerada no Nordeste para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste nos próximos anos.
Esses investimentos decorrem da necessidade de se ampliar a rede de transmissão. A previsão é que a capacidade instalada do sistema nacional cresça dos 172,2 gigawatts (GW) registrados em dezembro de 2021 para 191,3 GW, ao final de 2025. A maior expansão deverá vir de usinas de geração eólica e solar fotovoltaica, sobretudo a solar.
A projeção é que a fonte solar saia da atual participação de 2,6% na matriz elétrica para 4,8%, alcançando capacidade instalada de 9,2 GW até o fim de 2025. Com isso, o órgão estima que o Brasil tenha, até 2026, uma capacidade instalada de geração renovável de 52,4 GW.
Resíduos de celulose
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou, no dia 31 de dezembro, a entrada em operação comercial da maior usina termelétrica a biomassa do país. Trata-se da UTE Bracel, com 409,307 MW de capacidade instalada. A usina localiza-se em Lençóis Paulista (SP) e utiliza resíduos do processo de produção de celulose.
A geração dessa usina é parte do total de 657,672 MW destinados ao Sistema Interligado Nacional. Ao todo, são 11 empreendimentos distribuídos pelo Nordeste (oito eólicas e duas fotovoltaicas) e pelo Sudeste (uma termelétrica, a usina da Bracel).