O Ministério da Infraestrutura recebeu na quarta-feira passada mais cinco requerimentos do setor privado para implantação de novos trechos ferroviários, de acordo com o novo marco do setor, criado pela Medida Provisória nº 1.065, editada em 30 de agosto. A norma já foi aprovada no Senado; na Câmara, teve sua vigência prorrogada até o início de fevereiro do ano que vem. Os pedidos partiram da MRS, concessionária de ferrovias controlada por um grupo de grandes mineradoras que opera uma malha estratégica de 1.643 quilômetros entre Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, com acesso aos portos de Itaguaí (RJ) e Santos (SP). A empresa encontra-se em negociação sobre a prorrogação antecipada de seu contrato de concessão, quando deverá investir R$ 9,7 bilhões na renovação do material rodante (vagões e locomotivas) e em obras em 51 municípios cortados por seus trilhos, além de projetos determinados pelo governo. Fora a negociação da renovação antecipada de seu contrato por mais 30 anos, a vencer em 2026, a MRS (como já ocorreu com a Rumo e a VLI) propôs implantar cinco projetos totalmente novos (“greenfields”). A empresa pretende entrar no transporte de grãos, celulose, café, mais minério de ferro e produtos siderúrgicos. Com as cinco propostas, a MRS transformou-se na empresa que mais solicitou autorização no país para a construção de novas ferrovias. Com os recentes pedidos, já são 36 requerimentos de grupos privados para implantar e operar novos trechos. A projeção de investimento alcança R$ 150 bilhões, com a implantação de 11.142 quilômetros de novas linhas em 14 estados. Os cinco trechos pleiteados pela MRS
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