O ministro das Comunicações, Fábio Faria, participou nesta terça-feira (23/11) de uma audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). No debate, o ministro foi questionado pelos senadores sobre o baixo índice de acesso à internet nas redes públicas de ensino. Faria disse que a expectativa, com a implantação das redes 5G, é de que 85% das escolas brasileiras sejam conectadas até 2028.
Faria classificou como um “sucesso absoluto” o leilão das faixas 5G, realizado no início de novembro. Dos R$ 47,2 bilhões que devem ser investidos pelas empresas privadas, R$ 3,1 bilhões vão para a área de educação. “Das 85 mil escolas urbanas, 72 mil receberão 5G standalone”, afirmou. As redes standalone tem como característica a autossuficiencia, ou seja, não necessitam de um software auxiliar para funcionar.
“As outras 13 mil terão 5G sem ser standalone ou 4G. Todas as escolas melhorarão muito. Hoje, 7 mil escolas urbanas e em torno de 40 mil rurais não têm internet. Entre as urbanas, a internet é de péssima qualidade. Além de levar para todas as escolas, vamos melhorar muito a conectividade”, concluiu o ministro.
O ministro relembrou que 15% das faixas postas à venda não foram arrematadas no leilão. Faria espera que um novo certame para a negociação dessa faixa seja feito em até um ano. De acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um aumento de 10% nos serviços de banda larga no Brasil estaria associado a um aumento de 3,2% no produto interno bruto.
O senador Esperidião Amin (PP-SC) também cobrou a conexão de mais escolas. Para ele, o 5G será capaz de atenuar o prejuízo provocado pela pandemia de coronavírus sobre a formação acadêmica dos estudantes em 2020 e 2021. Também participaram da audiência pública os senadores Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ) e Zequinha Marinho (PSC-PA).