No último domingo (1), inúmeras capitais brasileiras contabilizaram manifestações em apoio ao voto impresso auditável, que está na Câmara dos Deputados por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, cuja autoria é da deputada Bia Kicis (PSL-DF). O peso político das manifestações, no entanto, não deve ser relevante para que os deputados aprovem a matéria. A declaração foi feita pelo analista político da Arko Advice, Lucas de Aragão, na última live Política Brasileira, programa semanal da Arko no Youtube.
“As manifestações foram relevantes, no entanto, não devem ter peso a ponto de darem força para a aprovação da matéria na Câmara”, disse.
Na última semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), avaliou que, ao que tudo indica, a PEC do voto impresso não vai chegar ao plenário da Câmara.
“Já existe uma PEC sobre esse tema no Senado desde 2015 e o Senado nunca se debruçou. Votar uma PEC na Câmara para que ela tenha o mesmo destino no Senado é uma perda de tempo”, afirmou.
A PEC passou perto de ser votada em 16 de julho, um dia antes do início do recesso, mas diante da possibilidade de rejeição, a reunião foi encerrada pelo presidente da comissão, deputado Paulo Martins (PSC-PR), sem que houvesse votação.
A comissão especial da Câmara que debate o voto impresso voltará a discutir a proposta apenas na próxima quinta-feira (5), após o recesso parlamentar.