A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados informou, na última segunda-feira (28), que o Ministério da Saúde decidiu não incluir lactantes como prioridade para vacinação contra covid-19. A comissão havia aprovado na última quinta (24), um requerimento da deputada Erika Kokay (PT-DF) para o envio de indicação à pasta sugerindo a inclusão de mães em período de amamentação como prioridade no Plano Nacional de Imunização (PNI).
O consultor técnico do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Victor Porto, informou à comissão que a inclusão prioritária de lactantes foi discutida recentemente na Câmara em uma reunião técnica que trata do plano, com participação da classe médica e foi consenso que não existiriam subsídios técnicos para a inclusão das lactantes como grupo prioritário para vacinação.
Segundo o consultor, a vacinação está avançando rapidamente, e até outubro deste ano a previsão é de que toda a população seja vacinada. “As lactantes vão ser vacinadas, mas a gente precisa seguir a priorização de quem morre mais primeiro”, afirmou Porto.
A demanda veio do Movimento Lactantes pela Vacina. A deputada Érika Kokay pediu que o grupo fosse ouvido pelo ministério. Ela sugeriu que as mães de bebês fossem priorizadas a partir de critérios político-sociais, e não apenas de mortalidade e agravamento da doença. Kokay mencionou ainda a prioridade para caminhoneiros e para trabalhadores da construção civil.