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Ministério quer estimular consumo fora do horário de pico

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O Ministério de Minas e Energia vem discutindo com associações do setor elétrico a possibilidade de deslocar o consumo industrial para fora do horário de pico do gasto de energia. Seria uma forma paliativa de diminuir o risco de racionamento. Ao mesmo tempo, o ministro Bento Albuquerque colocou como urgente a contratação capacidade adicional de usinas térmicas como para reforçar o suprimento de energia.

“Tudo nesse sentido está sendo considerado. O objetivo principal é permitir que o ONS [Operador Nacional do Sistema Elétrico] tenha as melhores condições de operação, em termos de flexibilidade e diversificação de fontes de geração, para que possa utilizar e prover a segurança do sistema”, disse o ministro, conforme publicado pelo jornal Valor.

Em contato com seguidores em frente ao Palácio da Alvorada, na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil vive a maior crise hídrica de sua história. Mas que, “apesar dos problemas, está indo bem”.

Em decorrência de falhas na infraestrutura para escoamento do gás extraído nos poços de perfuração de petróleo na área do pré-sal, o país deixa de aproveitar mais da metade do que é produzido e que poderia ser usado na geração térmica de energia, de acordo com dados disponíveis sobre a produção e consumo de gás

No entanto, aumentam-se as importações de gás. Segundo dados da ANP, as compras externas de gás natural atingiram o maior patamar desde 2016 para os meses de janeiro a abril. Apenas em quatro meses deste ano, o país já pagou US$ 1 bilhão, quase o total gasto em todo o ano passado e o dobro do valor pago no mesmo período de 2020.

Em vez de ser usado como insumo para a geração de energia térmica, o gás nacional está sendo injetado de volta aos campos marítimos, sobretudo nos do pré-sal. De janeiro a abril, o volume de gás nacional distribuído ao mercado já caiu 14%.

Lei do Gás

O Diário Oficial de sexta-feira passada trouxe o Decreto nº 10.712, que regulamenta a Lei nº 14.134, a Nova Lei do Gás, aprovada em 17 de março pela Câmara. Pelo decreto, ficou estabelecido que cabe à ANP a regulação dos critérios técnicos envolvendo os gasodutos para transporte do gás.

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