No mês de maio o Indicador de Incerteza da Economia brasileira, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 9,5 pontos em relação ao mês anterior, chegando a 119,9 pontos. O resultado, o indicador está apenas 4,8 pontos acima do nível de fevereiro de 2020, último mês antes da chegada das medidas restritivas adotadas para combater a pandemia de covid-19 no Brasil.
O Indicador de Incerteza Econômica (IIE) mede a incerteza da economia brasileira a partir de informações coletadas dos principais jornais do país e das expectativas do mercado financeiro acerca de variáveis macroeconômicas. Conforme o índice cai, significa que a incerteza em relação à economia brasileira diminuiu.
De acordo com o levantamento, o componente mídia, construído a partir da frequência de menções à incerteza na imprensa, caiu 8,4 pontos e chegou a 117 pontos. Já o componente de Expectativas, baseado nas previsões de analistas econômicos para os próximos 12 meses, recuou 9,8 pontos e atingiu 123,4 pontos.
Em nota, a FGV informou que a continuidade das campanhas de imunização associada à melhora dos números da pandemia no Brasil em maio e à reabertura gradual de diversas economias mundiais contribuíram para a segunda queda consecutiva do nível de incerteza. “Apesar disso, o indicador permanece acima do nível médio de 115 pontos vigente entre 2015 e 2019 e ainda não recupera as altas observadas em março e abril de 2020. Olhando à frente, a possibilidade de uma terceira onda de Covid-19 no país e a possibilidade de novas medidas de restrição à mobilidade podem ameaçar esta tendência de queda nos próximos meses”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista da FGV na nota.