O modelo proposto para o leilão das BRs-153/414/080 agradou aos participantes. O diretor executivo da EcoRodovias, Nicolò Caffo, elogiou as mudanças. Disse que “um contrato claro é uma grande força. Por isso conseguimos vencer o leilão com uma oferta que é boa para a EcoRodovias, boa para a concessão e boa para o governo brasileiro”.
Foi introduzido desconto para motoristas frequentes, para evitar que os moradores da região paguem o mesmo pedágio cobrado dos usuários eventuais. A cada viagem, o motorista pagará um pouco menos, até atingir um valor mínimo na 30ª passagem pelo pedágio no mesmo mês.
Esse modelo será adotado em novas concessões federais. A mudança vai se completar com a aprovação do PL nº 886/21, que se encontra em pauta no plenário da Câmara, sua Casa de origem, antes de ser aprovado pelos senadores. O projeto introduz o sistema de “freeflow”, pelo qual o usuário paga pelo trecho que percorre na via.
Em entrevista após o leilão, Nicolò Caffo disse que tem interesse nas próximas concessões de rodovias previstas pelo governo. Ele acha que os próximos leilões devem atrair maior concorrência após a implantação desse modelo de concessões.
Para julho está previsto o leilão da BR-163, que liga o centro de Mato Grosso ao Pará e é a principal rota de escoamento da safra de grãos da região para os portos situados no Norte do país. Esse leilão, porém, ainda seguirá o modelo antigo, de disputa pelo menor pedágio, já que as obras foram feitas com dinheiro público.
No terceiro trimestre, o Ministério da Infraestrutura quer leiloar a Via Dutra (trecho da BR-116), que liga São Paulo ao Rio de Janeiro e é considerada a joia da coroa das concessões rodoviárias no país pelo elevado volume de tráfego. O processo está em análise no TCU.
Ainda estão programados para 2021 leilões de trechos das BRs-381/262, entre Minas Gerais e Espírito Santo, da BR-116 entre Rio de Janeiro e Governador Valadares (MG), além de um lote de seis rodovias federais no Paraná.