Os vencedores do leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), marcado para o dia 30 deste mês, poderão contar com apoio do BNDES para universalizar os serviços de saneamento básico, caso decidam por não tomar crédito para o pagamento da outorga.
Caso os vencedores do leilão optem por pagar a outorga devida usando recursos próprios ou de outras fontes que não o BNDES, eles poderão obter recursos junto ao banco até 65% dos investimentos projetados para os primeiros doze anos do contrato.
O banco dispõe-se a financiar em torno de R$ 17 bilhões do montante que os vencedores do leilão terão de desembolsar até 2033 para universalizar os serviços de saneamento básico em cidades hoje atendidas pela empresa fluminense.
Considerado o maior leilão em saneamento, desde que foi criado o marco regulatório do setor, em julho do ano passado, o certame tem previsão de render mais de R$ 10 bilhões em outorgas fixas para o governo do estado e dos 35 municípios que aderiram ao modelo elaborado pelo BNDES.
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O banco estruturou mais onze projetos de concessão no setor de saneamento que serão licitados ao longo deste ano. Trata-se da privatização de empresas dos estados do Amapá e do Rio Grande do Sul, além da estatal ligada à prefeitura de Porto Alegre.
Os investimentos totais ao longo dos 35 anos de duração do contrato de concessão dos serviços de saneamento são estimados em R$ 30 bilhões. O maior volume deve ser desembolsado até 2033. Esse é o prazo fixado na lei que instituiu o marco regulatório (14.026/20) para a universalização dos serviços de distribuição de água e esgotamento sanitário. Pelas estimativas do banco, o volume de recursos nesse período chega a R$ 24,6 bilhões. E aí é onde o banco pretende atuar.