Apesar da relutância do governo federal, que considera que não há recursos para uma prorrogação do Auxílio Emergencial, tanto o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) como o novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), têm tratado o tema como prioritário.
O assunto promete discussão intensa no Congresso, já que não há concordância se o benefício realmente viria na forma de uma prorrogação, se deverá ser construído um novo programa ou ainda se vai se tratar de um reforço do Bolsa Família.
Em seu discurso de posse, Pacheco sinalizou que deverá dar prioridade ao assunto. “Há uma camada pobre que precisa ser assistida. Me comprometo a conversar com a equipe econômica para buscar caminhos”, disse.
Já Lira, que vem defendendo o resgate do programa Renda Brasil como substituto do Auxílio, disse que vai procurar Pacheco para trabalhar uma pauta conjunta para o começo deste semestre, o que deve incluir o tema.
“Irei propor ao senador Rodrigo Pacheco […], uma ideia geral, que chamo de pauta emergencial, vejam bem, pauta emergencial, para encaminharmos os temas urgentes”, disse.
O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), assume que o governo é pressionado pela prorrogação do Auxílio, mas acredita que a única opção viável seria um reforço do Bolsa Família por meio do Orçamento.
“Há uma pressão pela continuidade do Auxílio Emergencial, mas não é possível, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não há mais decreto de calamidade pública, que venceu em 31 de dezembro. Não há Orçamento de Guerra, que também venceu em 31 de dezembro”, disse, em entrevista à Rádio CBN.