Nesta segunda-feira (11), a bancada do PT no Senado decidiu, por unanimidade, apoiar a candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência da Casa.
Na nota divulgada pelo partido após a reunião, a sigla diz que Pacheco se comprometeu com a “atuação independente e harmônica [do Senado] em relação aos demais poderes constituídos”.
Pacheco é o candidato do atual presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Além disso, ele é tido como o candidato preferido do Palácio do Planalto.
Essa contradição fez com que, no documento de divulgação do posicionamento, o PT justificasse a decisão de se aliar a partidos de quem é adversário no dia-a-dia:
“O PT tem bastante claro que a aliança com partidos dos quais divergimos politicamente, ideologicamente e ao longo do processo histórico se dá exclusivamente em torno da eleição da Mesa Diretora do Senado Federal, não se estendendo a qualquer outro tipo de entendimento, muito menos às eleições presidenciais”, diz o documento.
Com o posicionamento do PT, a candidatura de Pacheco ganha o apoio de mais 6 senadores. Antes, o PSD, dono da segunda maior bancada do Senado, com 11 parlamentares, também já tinha declarado apoio ao democrata. Na última semana, o Pros e o Republicanos também se juntaram a Pacheco. Juntos, os cinco partidos somam 28 senadores. Para se eleger, o candidato precisa de 41 votos.
A eleição para a Mesa Diretora do Senado deve ocorrer no primeiro dia de fevereiro. Diferente da Câmara, que ainda avalia o modelo a ser adotado, no Senado a definição é que a votação seja feita presencialmente, por meio de cédula impressa.