O advogado indicado pela Câmara dos Deputados a uma vaga no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Mário Nunes Maia, só foi aprovado na OAB e conseguiu sua carteira da ordem em 2019. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (30) pelo jornal O Estado de S. Paulo em reportagem que destrincha o currículo do advogado, alçado ao cargo por indicação do pai, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Napoleão Nunes Maia.
Como mostramos em reportagem publicada pela manhã, a indicação de Mário Maia é questionada por conta do curto currículo do advogado, que se recusa a falar com a imprensa, e pelos interesses corporativistas que podem envolver a indicação.
O papel da CNJ é fiscalizar a atuação do Judiciário – o que pode pode explicar o interesse de Napoleão em colocar um membro da família no posto. E o soldo também é chamativo. Mário Nunes Maia vai receber R$ 37 mil por mês no CNJ, lembra a reportagem do Estadão. O valor é próximo ao teto constitucional do funcionalismo público, que é de R$ 39,2 mil, valor pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar do nome ter sido aprovado pelos deputados, a indicação de Mário Maia para o CNJ precisa também passar pelo aval do Senado.