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Após oficialização das pré-candidaturas de Covas, França e Tatto, atenções se voltam para Russomanno

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A disputa pela Prefeitura de São Paulo (SP) teve importantes definições neste final de semana. O prefeito Bruno Covas (PSDB) oficializou sua candidatura à reeleição. Covas terá o vereador Ricardo Nunes (MDB) como vice.

O nome de Nunes contou com o aval do DEM, que junto com PSDB e MDB são os artífices da candidatura de centro liderada por Bruno Covas. O ato político teve a presença do governador João Doria (PSDB) e do vice-governador Rodrigo Garcia (DEM).

O acordo fechado entre PSDB, MDB e DEM pela reeleição de Covas é parte de uma articulação nacional que envolve apoio à candidatura do deputado Baleia Rossi (MDB) à presidência da Câmara dos Deputados e à construção de uma frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro em 2022, quando deve disputar a reeleição.

Ao comentar o acerto entre os três partidos, Doria definiu a chapa como uma alternativa do “centro democrático e liberal” que “sabe dialogar com a esquerda e a direita”.

Outra peça importante de apoio da chapa Bruno Covas-Ricardo Nunes é a ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy, que mesmo diante da decisão do SD, seu partido, em apoiar o ex-governador Márcio França (PSB), anunciou seu apoio a aliança PSDB, MDB e DEM. Além desses três partidos, Covas é apoiado também pelo Podemos, PSC, PP, PL, PROS, Cidadania e PV.

Além de Doria, Garcia e Marta, a convenção do PSDB contou com as presenças do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP); e os ex-governadores Geraldo Alckmin (PSDB) e José Serra (PSDB).

Outra importante pré-candidatura confirmada nesse final de semana foi a do ex-governador Márcio França (PSB), que terá Antônio Neto (PDT) como seu vice. Além do PSB e PDT, a coligação é composta ainda pelo PMN, SD e Avante.

O discurso de França foi marcado por fortes críticas aos tucanos Bruno Covas e João Doria. A estratégia do ex-governador é se posicionar como uma alternativa anti-PSDB na capital paulista.

Ao mesmo tempo, Márcio França também busca o voto de centro-esquerda. Isso pode ser percebido comentário que França fez sobre a possível candidatura do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP).

“O Russomanno é um nome conhecido e disputa com o Covas. Eu vou disputar a outra faixa com Guilherme Boulos (PSOL), Jilmar Tatto (PT), Orlando Silva (PCdoB)”, afirmou o ex-governador.

Mesmo bastante contestada internamente, o PT oficializou a pré-candidatura do ex-deputado Jilmar Tatto. O ato político virtual teve a presença do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que chegou a cogitar não comparecer ao evento, assim como do ex-presidente Lula (PT). Num aceno ao eleitorado lulista, os petistas realizaram sua convenção na periferia da cidade.

A vice de Tatto deve ser a historiadora Selma Rocha (PT). A tendência é que o partido concorra com chapa-pura, pois até agora não atraiu nenhuma sigla para a coligação.

Quem também oficializou seu nome como pré-candidato foi Marcos da Costa (PTB), ex-presidente da seção paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Sua parceira de chapa será a policial militar Cabo Edjane (PTB).

As atenções da sucessão na capital paulista agora se concentram em Celso Russomanno. Embora a convenção do Republicanos esteja marcada para a próxima quarta-feira (16), há rumores de que ele ainda pode desistir.

Quem torce para isso é Bruno Covas, assim como a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) e o deputado estadual Arthur do Val (Patriota), que apesar de estarem rompidos com o bolsonarismo estão de olho no voto conservador.

Assim, esta semana será decisiva para os rumos da eleição em SP. Bruno Covas, embora tenha montado uma forte coligação, não está garantido no segundo turno. Vale lembrar que na pesquisa do instituto Atlas, divulgadas na última sexta-feira (11), Covas apareceu tecnicamente empatado com Guilherme Boulos – que nesse domingo (13) recebeu o apoio do PCB – Márcio França e Celso Russomanno.

Além disso, pesa contra Covas o desgaste de João Doria na capital, que segundo a sondagem é desaprovado por 57% dos paulistanos. Apenas 7% dos eleitores aprovam o governador.

Vale lembrar que Covas pode ter dificuldades caso Russomanno seja candidato, pois o voto conservador, principalmente o eleitorado evangélico, deve migrar para o pré-candidato do Republicanos.

No campo da esquerda, Boulos larga em vantagem contra Márcio França. Porém, o jogo está totalmente em aberto. Com Russomanno no páreo, o deputado do Republicanos e Covas devem disputar uma vaga no segundo turno contra Boulos ou França.

Já se Russomanno não concorrer, Boulos e França devem disputar o voto progressista para decidir quem será o adversário do PSDB no segundo turno. Também não deve ser descartada a possibilidade de um segundo turno entre Covas e Russomanno, principalmente se o voto de esquerda se fragmentar.

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